sábado, 22 de outubro de 2016

OS LUSÍADAS como monólogo

A GRANDE VIAGEM ou Por mares nunca dantes navegados.

Outubro, 2016. 
                   Estou, novamente, retomando minha adaptação de Os Lusíadas para teatro, como monólogo. Já cometi todos os crimes cirúrgicos de cortes. Quando fiz a primeira adaptação, tinha ficado com duas horas de duração e eu sofria remorsos por ter feito determinados cortes. Meu amigo José Paulo Pais, diretor de teatro, comentou que estava muito longo o texto. Outro amigo foi radical, como sempre, censurou-me, disse que era um crime, que devia respeitar o texto original, que não devia adaptar nada, e coisas assim. Quase desisti naquela época. Quer dizer, desisti mesmo, temporariamente. Depois retomei o trabalho e continuei durante anos. 
                     Agora, cortei mais ainda e o espetáculo vai ficar com cinquenta minutos, já não sinto remorso nenhum. Engraçado, não é? Bem, é que tenho por objetivo popularizar a obra máxima de Camões e do Renascimento. Quero que as pessoas conheçam o MAIOR poeta lírico e épico da língua portuguesa. 
                    O que foi feito até agora,  não me parece razoável; um sujeito decorou todo o texto e declamava, deve ter ficado muito chato. Há momentos em que o texto de Camões não se presta à declamação. As montagens grandiosas ou modernosas que já vi, desviaram a atenção do texto para as imagens, para dança, para tudo que não a poesia camoniana. 



Outro fragmento, agora o episódio A morte de Inês de Castro, gravado há nove anos aproximadamente: https://youtu.be/n1-E5viHpHk A morte de Inês


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