Outubro, 2016.
Estou, novamente, retomando minha adaptação de Os Lusíadas para teatro, como monólogo.
Já cometi todos os crimes cirúrgicos de cortes. Quando fiz a primeira
adaptação, tinha ficado com duas horas de duração e eu sofria remorsos por ter
feito determinados cortes. Meu amigo José Paulo Pais, diretor de teatro,
comentou que estava muito longo o texto. Outro amigo foi radical, como sempre,
censurou-me, disse que era um crime, que devia respeitar o texto original, que
não devia adaptar nada, e coisas assim. Quase desisti naquela época. Quer
dizer, desisti mesmo, temporariamente. Depois retomei o trabalho e continuei
durante anos.
Agora, cortei mais ainda e o espetáculo vai ficar com cinquenta minutos, já não sinto remorso nenhum. Engraçado, não é? Bem, é que tenho por objetivo popularizar a obra máxima de Camões e do Renascimento. Quero que as pessoas conheçam o MAIOR poeta lírico e épico da língua portuguesa.
O que foi feito até agora, não me parece razoável; um sujeito decorou todo o texto e declamava, deve ter ficado muito chato. Há momentos em que o texto de Camões não se presta à declamação. As montagens grandiosas ou modernosas que já vi, desviaram a atenção do texto para as imagens, para dança, para tudo que não a poesia camoniana.
Agora, cortei mais ainda e o espetáculo vai ficar com cinquenta minutos, já não sinto remorso nenhum. Engraçado, não é? Bem, é que tenho por objetivo popularizar a obra máxima de Camões e do Renascimento. Quero que as pessoas conheçam o MAIOR poeta lírico e épico da língua portuguesa.
O que foi feito até agora, não me parece razoável; um sujeito decorou todo o texto e declamava, deve ter ficado muito chato. Há momentos em que o texto de Camões não se presta à declamação. As montagens grandiosas ou modernosas que já vi, desviaram a atenção do texto para as imagens, para dança, para tudo que não a poesia camoniana.
Outro fragmento, agora o episódio A morte de Inês de Castro, gravado há nove anos aproximadamente: https://youtu.be/n1-E5viHpHk A morte de Inês
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