EU SOU UM HOMEM DE MUITA SORTE. Vejo muitas pessoas reclamando de seus familiares, companheiros e vizinhos. Observo que minha vida tem apresentado um índice de aumento, de evolução constante e gradativa em todos os sentidos. Já vivi na miséria, superei e passei para melhor nível sócio-econômico, mas vivia momentos difíceis quando chegava o final do ano, mas superei e passei a viver sem luxo, mas sem precisar de cartão de crédito ou de comprar fiado. Meus amigos são muitos e meus familiares são também meus amigos e tive uma emoção grande este ano. Completei dia 31 de agosto 73 anos e resolvi apresentar para eles a minha peça baseada na obra de Camões (a que é dedicado este blog).
Sei que é difícil esperar que as pessoas numa grande cidade como São Paulo, numa noite de quinta-feira, possam se deslocar de outros bairros para uma reunião dessas. Eu entenderia e não lamentaria a ausência de algumas pessoas queridas, mas para minha surpresa, que alegria ver à minha frente filhos, netos, noras, sobrinhos, a sogra de um dos meus filhos e pessoas que não seriam propriamente da família, como vizinhos e uma ex-aluna minha. Outra alegria; ver minha esposa e a ex-esposa em bela harmonia. Não é ótimo?
Comecei a apresentação com receio, medo mesmo, porque além de não ter cenário, iluminação adequada, senti algo que nunca imaginara; como eles me veriam? Como deixariam de ver o pai, tio, marido, etc. para ver o ator e apreciar o seu trabalho? Isso, durante algum tempo, me atrapalhou, mas parece não ter prejudicado o trabalho, porque até as crianças (10, 8 e 6 anos) que estavam na primeira fileira demonstraram atenção e concentração. Minha aluna elogiou muito e minha irmã, no dia seguinte, com a feição emocionada, confessou que estava imaginando que ia se chatear, que não iria gostar, mas gostou muito e ficou impressionada com minha apresentação. Eles me deram o melhor presente de aniversário que eu poderia ter.
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