Após descrever a correria dos portugueses atrás das ninfas na Ilha dos Amores e seus carinhos sensuais, Camões faz a seguinte reflexão:
"Oh! Que famintos beijos na floresta,
e que mimoso choro que soava!
Que afagos tão suaves, que ira honesta,
que em risinhos alegres se tornava!
O que mais passam na manhã e na sesta,
que Vênus com prazeres inflamava,
melhor é experimentá-lo que julgá-lo,
mas julgue-o quem não pode experimentá-lo."
Em minha adaptação para teatro substituí o verbo julgar por imaginar, para ficar mais compreensível, porque os prazeres incitados pela própria divindade amorosa deve, claro, exceder os que normalmente conseguimos, o que, por si, já é ótimo! Não acham?
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